sábado, 30 de julho de 2011

São Francisco: o SHALOM para o mundo.



"Considerai os lírios, como não fiam, nem tecem. Contudo, eu vos asseguro que nem Salomão, com todo o seu esplendor, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada no forno, quanto mais a vós homens fracos na fé." (Lc 12, 27-28)
É de impressionar o fato de um homem ter vivido no século XIII numa cidade tão pequena da Itália (Assis) e ter tido no mundo, século após século, uma presença tal, que abala as estruturas mais profundas da sociedade e atrai ainda hoje, peregrinos do mundo inteiro aos seus incontáveis santuários, que impressionados com sua vida de santidade, desejam homenageá-lo e pedir que ele rogue a Deus, que pelos méritos de Jesus Cristo sejam concedidas as graças necessárias para suas vidas.
É de impressionar, o fato de que em qualquer lugar do mundo, por onde passe, há sempre algo inspirado ou senão totalmente a este tão glorioso santo, que abala o mundo inteiro pelo seu radicalismo em cumprir o Evangelho.
É de impressionar ainda mais o fato de se ver, que a Madre Basiléa Schlink, evangélica (protestante) da cidade de Darmstadk – Eberstadk na Alemanha, ao fundar a sua comunidade masculina tenha dado a esta comunidade "Irmandade Franciscana de Canaã", não por achar que o nome "franciscana" é bonito, mas por querer que a sua comunidade, viva o espírito franciscano, a exemplo de São Francisco que foi fiel no mais íntimo do seu ser, que abraçou a vocação que o Senhor lhe confiara até a morte, a exemplo de Jesus que, para abraçar o plano de salvação para as nossas vidas, foi até a morte e morte de cruz. (Fil 2,8)
O Evangelho nos diz que a Palavra do Senhor chegará até os confins da terra. Hoje nós vemos que ela tem chegado aos mais longínquos lugares. Aqui no Brasil, por exemplo, nos recantos mais escondidos do Nordeste, é muito bonito se observar a fé que o povo simples expressa em Deus. Ficamos maravilhados quando vemos como chegou esta fé até o nosso meio e a única explicação que temos é que ela chegou pela promessa de Deus de que seu Evangelho chegaria até os confins da terra. Do mesmo modo, a figura franciscana chegou também até os confins da terra, mostrando com isso que Francisco e sua obra são um Evangelho vivo, são uma Palavra de Deus anunciada e manifestada. Em todo lugar e em todo tempo se ouve falar de Francisco, por meio da sua obra espalhada em todo o mundo.
Mas nós perguntamos "por que" este homem é muito mais conhecido do que até mesmo no seu tempo e porque ele ainda inspira tantas vidas a quererem se doar, se entregar a viver como ele?
A resposta é clara e simples: primeiramente por sua radicalidade em viver o Evangelho e depois pelo profundo amor que ele tinha e dedicava ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
A sua radicalidade em vivenciar o Evangelho o levou ao extremo da pobreza, respondendo assim ao chamado e ao plano de Deus para a sua vida, que resultou em assumir, portanto, até as consequências mais extremas deste seu amor à "dama" pobreza, como ele chamava. O maior desejo de Francisco, o que sempre moveu a sua vida, foi a liberdade. Ele queria ser livre e achava, primeiramente, que ser livre era ser um grande guerreiro, lutador nas cruzadas e receber as honras de um grande e bravo soldado. Mas a doença, maior inimigo de Francisco, porque simbolizava a prisão dos seus anseios e desejos, tornou-se para ele encontro com a liberdade, pois por meio da doença, Jesus veio ao seu encontro e Francisco experimentou a liberdade tão procurada.
Em meio a sua enfermidade, Francisco encontra Jesus e descobre o amor de Deus por ele. E algo tão profundo se passa dentro dele que o faz entender que Jesus é a liberdade. Ele descobre que Jesus era o amor que ele tanto esperava. Francisco abraça Jesus com a sua vida e renuncia tudo que o impede de viver em toda sua plenitude a liberdade que ele, por tanto tempo, esperou. Francisco entende e encarna na sua vida a Palavra evangélica que diz: "Aquele que ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim" (Mt 10, 37-39). Ele age assim porque havia sido capturado por um amor tão grande a Jesus e ao seu Reino, que se entregou por inteiro. Aquela pessoa que não está totalmente capturada por um amor pessoal a Jesus, deve entender estas palavras como uma usurpação dos seus direitos, porém, com Francisco não era assim, ele entendia o mandamento: "Amar a Deus sobre todas as coisas", e sabia que isso era realmente a sua vocação, o seu chamado de vida, e que só respondendo aquilo que Deus lhe chamara para ser, ele iria ser e fazer os outros felizes.
Francisco, o homem que ainda hoje é um grito de alerta para o mundo, viveu plenamente o Evangelho, e nenhuma palavra de Evangelho tanto animou quanto a Parábola das dez virgens (Mt 25,1-15), fazendo com que ele desse toda a sua vida, a fim de ser contado como uma das cinco virgens prudentes, que permaneceram com suas lâmpadas acesas abastecidas com óleo. Mas esta parábola tem uma característica bem particular. Cinco das dez virgens não enchem suas lâmpadas com o óleo e as outras cinco sim. O óleo que faz as lâmpadas das virgens permanecerem acesas é o amor a nosso Senhor e Salvador Jesus. Amor este que leva aqueles que o amam a uma vida de oração profunda e sincera, comprometida na busca do amado Jesus. Francisco quis ser uma das virgens prudentes e com sua vida nos impulsiona e nos convida também a sermos almas virgens, prudentes, com o coração cheio de amor por Jesus Cristo e seu reino, um amor de esposa, o amor esponsal.
Francisco tinha uma alma esposa de Jesus e sua vida de oração contemplativa, inflamada de amor por Jesus, transborda num amor profundo a aqueles que são a imagem e semelhança deste mesmo Deus e Senhor Jesus Cristo, este amor a Jesus faz de Francisco o mestre da caridade cristã, o modelo humano de servo, o modelo do homem que ama.
Este amor de Francisco a Jesus, que transborda para os irmãos é a mola-mestra, o impulso e o desejo de todos os que trazem em suas almas a vocação Shalom animada pelo exemplo da figura de São Francisco, homem que tem por Jesus uma alma esposa, que o arrasta a uma profunda vida contemplativa e que, buscando no evangelho, o desejo de salvar almas e resgatá-las para Jesus, se lança num trabalho cheio de amor, dando a sua vida em obediência ao Evangelho e à Igreja, numa castidade que o tornava transfigurado em Jesus.
Podemos assim ter a audácia de dizer que a vocação Shalom é também Franciscana, não por sermos tal e qual São Francisco, mas por perseguirmos este objetivo, por sabermos que ele intercede por nós e pelo seu exemplo, que nos incentiva a querermos ser como ele foi.
No auge da caminhada de Francisco, reunidos certa vez com os irmãos ele dizia: "Irmãos, comecemos tudo de novo, porque até agora, pouco ou nada fizemos". É esse carisma, do recomeçar em meio as quedas, do animar-se diante das fraquezas que move a comunidade Shalom. Francisco torna-se pai da nossa vocação por uma profunda identidade que sentimos e temos com ele, identidade que se torna maior, no ponto de sua pobreza, que se traduzia por uma total dependência da providência de Deus e por um total abandono à misericórdia e ao amor do Pai.
A pobreza dos vocacionados Shalom consiste em nós não termos nada, absolutamente nada que seja nosso, mas tudo é do Reino de Deus, isso se prova quando, por exemplo, um membro deixa de viver na comunidade, ele individualmente não levará nada, porque tudo é do Senhor e do seu Reino. Francisco também foi assim, nada, absolutamente nada, ele quis em vida, até mesmo o nome de seus familiares ele deixou, pois esse nome impedia sua entrega incondicional a Deus. Descobriu ele que a pobreza é um dom de Deus que nos dirige à liberdade perfeita, que nos desapega de tudo e de todos, e nos faz depender somente e totalmente de Deus, e de sua sábia providência.
Os santos são presentes de Deus para o mundo, sinais de sua misericórdia e de seu poder, sinais para nós de que é possível se cumprir no mundo de hoje a vontade de Deus e abraçar o Evangelho de Cristo como perfeito e radical modelo de vida. Abraçando esse presente de Deus a comunidade Shalom tem em Francisco um modelo a ser seguido, um exemplo a ser imitado e assim fazendo, espera ser, também, para o mundo de hoje modelo e exemplo, para que as pessoas cheguem mais próximos de Deus. Aleluia!!


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por  Escola de Formação SHALOM.

Noruega:"Se um homem sozinho é capaz de odiar tanto, quanto seremos capazes de amar quando estivermos juntos?"

Rádio Vaticano
Começaram hoje na Noruega os primeros funerais das 76 vítimas da tragédia de 22 de julho. Na capital, Oslo, jovens do Partido dos Trabalhadores, alvos do atirador no acampamento na ilha de Utoya, fizeram um protesto que contou com a participação do premiê Stoltenberg e outros representantes do governo. Expectativa também em relação ao segundo interrogatório com o assassino, Andres Breivik.
O objetivo principal dos investigadores é ter certeza se ele teria agido sozinho. Apesar da espera, os debates sobre a convivência e o multiculturalismo, sobre xenofobia e temores racistas continuam fora e dentro da Noruega. Sobre a sociedade norueguesa, Helga Koinegg, do Movimento Focolare de Oslo, concedeu entrevista à Rádio Vaticano. Ela diz que existe uma Noruega de antes dos ataques, e outra, que surgiu depois de 22 de julho.
“Aqui em Oslo existem locais muçulmanos onde, talvez, o diálogo seja mais complicado. Existem também os políticos que não são favoráveis aos estrangeiros que agora afirmaram querer mudar a própria linguagem e querer estabelecer um novo diálogo. Isso é totalmente novo. A Noruega é um país democrático, calmo: há uma convivência pacífica mas não há empenho em se conhecer o outro. Depois de 22 de julho, no entanto, surgiu uma nova irmandade entre todos: não existem mais muçulmanos ou cristãos, estrangeiros ou noruegueses. Nos transformamos todos em um único povo”.
Em busca de uma explicação, Helga diz que socidade acredita que tenha sido uma ação individual e que a dor da tragédia ajudará o país a crescer ainda mais na democracia e na abertura, como declarou o premiê Stoltenberg.
“Agora todos pensa assim. Ontem o príncipe Harald visitou uma mesquita, e isso nunca tinha acontecido antes. Ele quis ir até lá para falar com as pessoas, porque entre os jovens na ilha, também estavam muçulmanos”.
Por fim, Helga recorda a frase de um jovem, numa das manifestações para tentar superar a tragédia, que acabou virando um slogan na Noruega.
“Se um homem sozinho é capaz de odiar tanto, quanto seremos capazes de amar enquanto estivermos juntos?”. (RB)

Testemunho: Ele sempre estará comigo!

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            Sempre fui muito engajado na Igreja. Era da pastoral da juventude da Igreja da Glória, fazia parte do grupo de oração e ia para a missa todos os domingos. No entanto, eu nunca tive uma experiência com Deus. Da mesma forma que o meu domingo era para Deus, o meu sábado era para o mundo. Seja em festas da escola ou forrós com meus primos, eu sempre estava lá, fazendo o contrário do que Deus me convidava a fazer todo domingo.
Em julho de 2005, uns amigos meus foram para o Acamp’s e fizeram aquela propaganda! Eu fiquei muito animado, decidi, então, que iria em janeiro de 2006. Só de pensar que iria passar a semana toda fora de casa, já ficava ansioso!
Quando cheguei ao acampamento na segunda-feira, como todo mundo, eu me surpreendi com a estrutura, ou melhor, a falta de estrutura. Como o próprio nome do evento falava, era um acampamento de verdade, mesmo assim, fiquei muito animado. Conheci muita gente legal e, de certa forma, era esse o objetivo de eu estar lá.
Na terça-feira, aconteceu o que eu nunca imaginara que iria acontecer comigo: eu repousei. Durante aquele repouso, eu senti verdadeiramente a presença de Deus na minha vida, mostrando- me tudo o que ele não queria que fizesse parte de mim. Foi a primeira vez que eu senti aquele amor tão falado que Deus tem por nós. Fiquei muito feliz depois daquela experiência. Eu queria muito mais. Queria aquilo todos os dias da minha vida.
Os dias foram passando, e o fato de não ter sentido a presença de Deus novamente entristeceu-me muito. Com isso, fui ficando cada dia mais desmotivado e confuso, sem entender por que Ele havia me abandonado. Várias coisas passavam pela minha cabeça: será que aquele sentimento que eu havia sentido era apenas uma grande expectativa que eu havia posto naquele momento?
Quando chegou o sábado, o último dia, eu já estava tão decepcionado que o sentimento tinha se transformado em raiva, revolta. Eu participava de tudo, mas quando chegava a hora da oração, eu já tinha em mente que Deus não apareceria novamente para mim. Eu pensava que Ele só estava presente se nós sentíssemos algo extraordinário.
Manifestação de Deus
Voltando para o sábado, durante a adoração, resolvi me entregar com força para que Ele voltasse a se manifestar da mesma forma como havia feito no primeiro dia. Mas isso  não aconteceu. O tempo foi passando e nada eu sentia. Até que, de repente, o Célio, um dos seminaristas que lá estavam, do palco falou o seguinte: “vamos nos preparar para a bênção do Santíssimo!”. Se eu tivesse uma pedra, teria jogado na cabeça dele naquele exato momento.
Comecei a me inquietar, pois o padre estava levando o Santíssimo embora. Pensei, então, comigo mesmo: “não vá embora, eu quero que você fique aqui até eu sentir alguma coisa. Hoje é o último dia e eu não quero sair daqui assim. Pode voltar. Eu quero que você fique na minha frente até eu sentir o teu amor novamente”. No auge dessa autoridade toda, chegou um servo de seminário, tocou no meu ombro e falou: “meu filho, não se preocupe. Eu sempre estarei com você. Eu nunca te abandonarei”.
Essa foi a parte mais engraçada porque foi uma coisa muito simples, mas que calou de uma forma surpreendente no meu coração que eu tive a experiência que eu estava querendo ter. Quando tenho uma experiência muito forte com Deus, começo a ficar com falta de ar, não consigo me expressar nem falar nada. Meu amigo Rodrigo estava do meu lado e começou a ficar preocupado. Depois ele me disse que pensava que eu estava tendo uma manifestação.
O Célio me viu passando pelo salão vermelho e viu a cara de preocupação do meu amigo, desceu do palco e sentou ao meu lado. Ele olhou para mim e falou: “você quer partilhar? Você quer conversar? Você quer chorar?”. A todas essas perguntas eu respondi negativamente com a cabeça. Nem falar eu conseguia. Foi aí que ele disse: “então fala o que aconteceu”. Quando abri a boca, comecei a chorar desesperadamente.
Essa foi a experiência que tive no acampamento. Depois desse, eu fui para mais dois, servindo no “Servos de Seminário”, que até hoje é o meu ministério. Vou completar quatro anos de caminhada no Shalom, e toda vez que penso em me afastar, lembro-me da promessa que Deus fez no meu seminário: “meu filho, não se preocupe, eu sempre estarei com você. Eu nunca te abandonarei!”.
Há pouco tempo eu estava muito desmotivado com tudo no Shalom, e na hora da missa uma amiga minha, a Milinha, virou para mim e disse: “promete que nunca vai sair do Shalom!”. Eu comecei a rir, porque ela não sabia pelo que eu estava passando. Ela repetiu mais uma vez e eu disse: “Milinha, deixa de besteira!”. Ela disse: “você ainda não me prometeu!”. Eu respondi: “mesmo que eu queira abandonar tudo, eu não consigo, pois a experiência que eu tive não me deixa fazer isso!”. Quando ela se voltou para o altar, eu comecei a chorar.
Eu continuo caminhando, continuo com sede de conhecer mais e mais a Deus e continuo com minhas mazelas, meus pecados, que infelizmente não são poucos. Mas o que me sustenta no desejo de fazer a vontade de Deus é a promessa que Ele fez de sempre estar comigo, independente do que eu vier a fazer
Marcos Filho, 21 anos, estudante de educação física.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

É REAL!

Tudo parece um sonho, o que em mim aconteceu.
Ah! uma porta se abriu. vejo jesus afinal!

Eu era triste e cansado, atormentado pela dor.
Veio jesus e me chamou: "filho, vem em mim morar!"

Tudo parece um sonho, mas vejo que é real
Sinto uma paz tão perfeita, que eu rejeito o mal.

Até parece um sonho, tamanha é minha alegria
A luz que vêem meus olhos venceu a escuridão


Jesus cristo é real.
Ele vive em mim! venceu todo o mal.
Jesus cristo é real.
Ressuscitou! venceu todo o mal.

Até parece um sonho, tamanha é minha alegria
A luz que vêem meus olhos venceu a escuridão

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Com a força do Ressuscitado que passou pela Cruz começamos nosso blog de evangelização, comunicação e informação pela internet. Somos o grupo de oração Hesed, pertencemos à Comunidade Católica Shalom e nos reunimos no bairro de Nova Parnamirim, em Natal/RN. Deus nos chama a uma realidade de entrega e evangelização, por amor à Igreja, aos jovens e aos homens.